TRABALHANDO
COM A MEMÓRIA
HISTÓRIA
ORAL
Cresce hoje em dia uma
consciência histórica de que a história vivida tem produzido um acelerado
movimento de individualização e uma progressiva perda de referência coletiva
com relação ao passado, na medida em que esta individualização destrói os
suportes materiais e imateriais da memória coletiva.
Perda
da continuidade histórica e da expectativa com relação ao devir das sociedades
contemporâneas.
Potencialidades
do trabalho com a memória
1.
Centrada no recolhimento etnográfico.
Histórias
de vida de pessoas pouco (ou nada) familiarizadas com a cultura escrita.
Tradições
orais (etnotextos) ou ditados, histórias, orações, canções e formas de
expressão musical de regiões rurais.
Potencialidades
Caracterização
das atividades tradicionais (artesanato, agricultura, etc.).
Abordagem
das práticas da vida cotidiana (alimentação, vestuário, lazer, etc.).
2.
Centrada na compreensão de fenômenos do vivido individual:
Na
história local.
Na
história social (sindical, associativa, profissional, etc.).
Na
organização das atividades econômicas.
Na
história das mentalidades e das ideias.
Contribuir
para uma nova relação professor/aluno
Questionar:
os mecanismos e a lógica da reprodução social; os fundamentos das crenças e dos
saberes; as várias memórias sociais.
Resgatar
a dignidade de pessoas que estão marginalizadas na nossa sociedade.
Aproximar
os códigos da juventude dos códigos da escola.
Temas
Prática
material (livros antigos e leituras, brinquedos e jogos do passado,
festividades, formas de entretenimento e de ocupação dos tempos livres,
castigos, etc.).
Profissões
(de preferência as artesanais ou as em vias de desaparecimento ou transformação
radical).
Crenças
ou representações (sobre a morte, superstições, amuletos, devoções, etc.).
Instituições
(escolas, clubes, jornais locais, confrarias, monumentos, etc.).
Escolhendo
o tema:
Revelar o dia-a-dia, o lazer, as relações de trabalho, o cotidiano social.
Revelar o dia-a-dia, o lazer, as relações de trabalho, o cotidiano social.
Evitar
o discurso mítico que reforça o discurso oficial.
Problematização
Preparar
a percepção, o olhar e a audição
Documento
como indício, não como evidência
Transformar
as informações coletadas em conhecimento
Conteúdos
como forma de ação social
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