domingo, 6 de agosto de 2017

MEMÓRIA E HISTÓRIA 1a aula

MEMÓRIA E HISTÓRIA

 

Memória biológica

*        A memória como propriedade de conservar certas informações remete-nos em primeiro lugar a um conjunto de funções psíquicas, graças às quais o homem pode atualizar impressões passadas, ou que ele representa como passadas (Le Goff , 199O, p. 213).

*        Mente e mundo são enativos

*        Oliver Sacks

 

Maurice Halbwachs

 

*        1930 – estrutura social da memória.

*        Fenômeno coletivo e social, submetido a flutuações, transformações, mudanças constantes.

*        Social – Individual.

 

Durkheim e Halbwachs

*        Comunidade, consenso e coesão.

*        Críticas:

*        Como se não existissem conflitos e dissensões – memórias de conflitos e conflitos de memórias.

*        Memórias alternativas – entrecruzadas

 

Pollak

*        Há um trabalho coletivo de enquadramento de memória, uma espécie de formatação das memórias que devem ser lembradas.

*        A memória organizadíssima que é a memória nacional, constitui um objeto de disputa importante, e são comuns os conflitos para determinar que datas e que acontecimentos vão ser gravados na memória de um povo.

 

Pierre Nora, 1970

*        Quais os modos de transmissão de memórias públicas? Como esses modos mudaram ao longo do tempo?

*        De modo inverso, quais os usos do esquecimento?

*        As memórias são influenciadas pela organização social de transmissão e os diferentes meios de comunicação empregados.

  

MEMÓRIA SOCIAL


A memória social está ligada ao sentido de comunidade, à construção das identidades sociais e aos processos sociais como um todo.

Transmissão social da tradição.

  

Evocação

*        Lembrar o passado, escrever e ensinar sobre ele não são atividades ‘inocentes’.

*        Orwell atribuiu à memória amplo espaço na definição de identidades coletivas, intensamente relacionada à dominação donde sua importância política.

  

Identidade

*        Uso do passado, da memória social e dos mitos para definir a identidade.

*        Dizer quem somos nós e diferenciar o “nós” do “eles”.

  

Reelaboração histórica

*     É preciso atentar para a forma como as organizações sociais valem-se do material fornecido pela história e reinterpretam seu passado, elaborando a imagem pela qual desejam ser lembradas.

  

Esquecimento

*        Regras de exclusão, supressão ou repressão, organização social do esquecer, quem quer que quem esqueça o quê e por quê?

*        Lembrete (funcionário) – cobrador de dívidas.

 

Memória = reconstrução

*         “Toda memória é fundamentalmente ‘(re)criação do passado’”.

*         A memória social, como a individual, é seletiva.

*         É, em parte, herdada, não se refere apenas à vida física da pessoa.

*         Não é espontânea, nem inercial.

*         “Quando lemos narrativas de memórias, é fácil esquecer que não lemos a própria memória, mas suas transformações através da escrita.” Owen.

 

Suportes

*        Tradições orais; relatos escritos; imagens, pictóricas ou fotográficas; transmissão de aptidões (profissão); espaço.

*        Monumentos públicos.

*        Rituais, encenações do passado.

 

A razão de ser do trabalho com a memória está na constatação da presença do passado no presente imediato das pessoas.

 


 

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