Intelectuais à década de
1920: modernidade e nacionalismo. César Prieto Martinez e Lysimaco Ferreira da
Costa à frente da instrução pública no Paraná. In: Carlos Eduardo
Vieira. (Org.). Intelectuais, Educação e Modernidade no Paraná (1886-1964).
1aed.Curitiba: Editora UFPR, 2007, v. 1, p. 41-64.
Resumo
O capítulo analisa a
trajetória de dois intelectuais que tiveram atuação preponderante na definição
dos rumos da instrução pública paranaense durante a década de 1920: César
Prieto Martinez e Lysimaco Ferreira da Costa. Como diretores da Instrução
Pública do estado, Lysimaco e Prieto, empreenderam reforma do sistema de ensino
paranaense com vistas à ampliação do número de escolas e de matrículas, mas,
principalmente à modernização e racionalização da estrutura, dos hábitos e dos
métodos de ensino. Fazendo parte de uma geração que retomou a missão de
construir a Nação, Prieto e Lysimaco investiram, cada qual com ênfase
diferente, nos ideais do nacionalismo e da civilidade, o que contrastava com a
ambigüidade das necessidades de ‘caboclos’ e imigrantes que coabitavam um
território ainda a se recuperar de crises de fronteira e, por conseguinte, de
identidade. Por fim o artigo investe em duas características centrais da
atuação destes dois reformadores da instrução pública: o anti-bacharelismo como
bandeira dos novos ideais educacionais e o acento dado ao convencimento
emocional, à formação das almas, em seus programas e prescrições educativos.
A obra destaca a importância de intelectuais paranaenses na
história da educação, suas atividades no período de 1886 a 1964, que formaram a
ideia de universidade a partir das visões de mundo, das mentalidades
católico-conservadora, liberal e científicista. Organizado por Carlos Eduardo
Vieira, o tema da educação traz fóruns, reformas e reformadores dos anos 20;
artes,ofícios e artistas; clericais, anticlericais e cientistas e teorias e
teóricos da formação da professora primária. Os temas centrais giram em torno
do debate sobre as reformas educacionais, além da relação entre arte, trabalho
e educação, considerando as experiências de artistas plásticos como Antônio
Mariano de Lima e Alfredo Andersen em “o desenho como remodelador das
sociedades”. O livro apresenta a discussão ocorrida no século dezenove sobre os
rumos da educação republicana, a partir do confronto entre o movimento
anticlerical, liderado por Dario Vellozo e a reação do laicato católico, assim
como os processos de formação do professor primário na primeira metade do
século vinte.
Editora UFPR, 2007.
Link: Editora UFPR
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