quinta-feira, 26 de março de 2015

RESUMO DA AULA 26/3 DIDÁTICA DA HISTÓRIA 3o ano

DIDÁTICA DA HISTÓRIA

Consciência Histórica

DIDÁTICA

a Didática da História não pode ser mais o conjunto de teorias e métodos voltados ao ensino, mas precisa ser uma teoria da aprendizagem histórica, superando, se quiser responder aos desafios contemporâneos, o campo restrito da metodologia de ensino (Cerri)


O passado está localizado em todos os espaços, sejam  públicos ou privados; onipresente ao ponto de não o distinguirmos, tão exposto ao olhar que escapa à ordem do visível. (CARRETERO, p. 31.)

Onipresença do passado

O passado não está morto; ele sequer passou. Nós nos separamos dele e, com isso, nos alienamos. Christa Wolf.
“Na consciência histórica os mortos continuam vivos”. (história incorporada / a contrapelo).
A História é (…) uma ferramenta cultural organizadora da experiência temporal da vida com a capacidade de fixar identidades.

DIDÁTICA DA HISTÓRIA

Consciência Histórica

Universal Antropológico

 

A ‘consciência histórica’ é inerente à ação humana no mundo (Rüsen).


DIDÁTICA DA HISTÓRIA

KLAUSS BERGMAN

AGNES HELLER

JÖRN RÜSEN

 

Como dar sentido ao passado?

Jörn Rüsen

Consciência Histórica

 

“a suma das operações mentais com as quais os homens interpretam a sua experiência de evolução temporal de seu mundo e de si mesmos, de tal forma que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo”. RÜSEN

o grau de consciência da relação entre o passado, o presente e o futuro” (ANGVIK).

A consciência histórica é o que faculta a capacidade de interpretação da experiência passada e a habilidade de orientação e tomada de decisões.

 

CONSCIÊNCIA HISTÓRICA

A possibilidade de narrar a experiência temporal é fator constitutivo da identidade humana.

A consciência histórica é uma operação intelectual originada das questões do presente em relação ao passado.

 

Inerente a ação humana

 

Nossa coleta e organização de dados e conceitos sobre o tempo surge praticamente junto com a consciência de si.

 

O passado já está presente quando o pensamento histórico inicia seu questionário, provocado por carências e interesses na memória histórica. Ele desempenha um papel importante na configuração dos próprios interesses e carências  (Rusen).

 

A história não-escolar, não-formal, é um fator no centro das preocupações e análises, se não queremos continuar num esforço inócuo de entender e intervir no que vemos e ouvimos.

Sentido orientador:

 

A História se destina à orientação da vida prática, mediante a consciência histórica. Jörn Rüsen

 

História e cotidiano - SEED

A História é expressão de um conhecimento vital, cotidiano e inerente a todos, pelo qual as pessoas se orientam no tempo, desde a mais simples das atitudes às mais complexas, pautando-se por uma reflexão sobre si mesmas, seus grupos e outras sociedades (DCE – PR).

Novos desafios:

 

Apatia, despolitização, individualismo, indiferença.

 

O trabalho didático com a história não se resume ao passado, mas deve articular passado, presente e futuro (Cerri).

 

Fio de navalha:

Abusos políticos, doutrinação (racionalismo cartesiano. A verdade está em algum lugar somente, e Não está em outros).

 

Neutralismos esterilizantes (relativismo. A verdade, por estar com todos, não existe (Cerri). (Resta a hipocrisia e o cinismo).

O jogo sem posições para defender no tabuleiro perderia sentido, ou dito de modo mais direto: decretaria a abolição da política (isso sim, não por desmedida e bestial ambição, mas sim por correta e civilizada indiferença). CARRETERO, p. 280.


“A incompreensão do presente, nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas, talvez, não seja mais útil esforçarmo-nos por compreender o passado, se nada soubermos do presente.” (Marc Bloch)

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