DIDÁTICA DA HISTÓRIA
Consciência Histórica
DIDÁTICA
a Didática da História não pode ser mais o conjunto de
teorias e métodos voltados ao ensino, mas precisa ser uma teoria da
aprendizagem histórica, superando, se quiser responder aos desafios contemporâneos,
o campo restrito da metodologia de ensino (Cerri)
O passado está
localizado em todos os espaços, sejam
públicos ou privados; onipresente ao ponto de não o distinguirmos, tão
exposto ao olhar que escapa à ordem do visível. (CARRETERO, p. 31.)
Onipresença do passado
O passado não está
morto; ele sequer passou. Nós nos separamos dele e, com isso, nos alienamos. Christa Wolf.
“Na consciência
histórica os mortos continuam vivos”. (história incorporada / a contrapelo).
A História é (…) uma ferramenta
cultural organizadora da experiência temporal da vida com a capacidade de fixar
identidades.
DIDÁTICA DA HISTÓRIA
Consciência Histórica
Universal Antropológico
A ‘consciência histórica’ é inerente à ação humana no mundo (Rüsen).
DIDÁTICA DA HISTÓRIA
KLAUSS BERGMAN
AGNES HELLER
JÖRN RÜSEN
Como dar sentido ao passado?
Jörn Rüsen
Consciência Histórica
“a suma das operações mentais com as quais os homens
interpretam a sua experiência de evolução temporal de seu mundo e de si mesmos,
de tal forma que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo”.
RÜSEN
o grau de consciência da relação entre o passado, o presente
e o futuro” (ANGVIK).
A consciência histórica é o que faculta a capacidade
de interpretação da experiência passada e a habilidade de orientação e tomada
de decisões.
CONSCIÊNCIA HISTÓRICA
A possibilidade de narrar a experiência temporal é fator
constitutivo da identidade humana.
A consciência histórica é uma operação intelectual
originada das questões do presente em relação ao passado.
Inerente a ação humana
Nossa coleta e organização de dados e conceitos sobre o tempo
surge praticamente junto com a consciência de si.
O passado já está presente quando o pensamento histórico
inicia seu questionário, provocado por carências e interesses na memória
histórica. Ele desempenha um papel importante na configuração dos próprios
interesses e carências (Rusen).
A história não-escolar, não-formal, é um fator no centro das
preocupações e análises, se não queremos continuar num esforço inócuo de
entender e intervir no que vemos e ouvimos.
Sentido orientador:
A História se destina à orientação da vida prática, mediante
a consciência histórica. Jörn Rüsen
História e cotidiano - SEED
A História é expressão de um conhecimento vital, cotidiano e
inerente a todos, pelo qual as pessoas se orientam no tempo, desde a mais
simples das atitudes às mais complexas, pautando-se por uma reflexão sobre si
mesmas, seus grupos e outras sociedades (DCE – PR).
Novos desafios:
Apatia, despolitização, individualismo, indiferença.
O trabalho didático com a história não se resume ao passado,
mas deve articular passado, presente e futuro (Cerri).
Fio de navalha:
Abusos políticos, doutrinação (racionalismo
cartesiano. A verdade está em algum lugar somente, e Não está em
outros).
Neutralismos esterilizantes (relativismo.
A verdade, por estar com todos, não existe (Cerri). (Resta a hipocrisia e o
cinismo).
O jogo sem posições para defender no tabuleiro perderia
sentido, ou dito de modo mais direto: decretaria a abolição da política (isso
sim, não por desmedida e bestial ambição, mas sim por correta e civilizada
indiferença). CARRETERO, p. 280.
“A incompreensão do presente, nasce fatalmente da ignorância
do passado. Mas, talvez, não seja mais útil esforçarmo-nos por compreender o
passado, se nada soubermos do presente.” (Marc Bloch)
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