MEMÓRIA E HISTÓRIA
Memória biológica
“A memória como propriedade de conservar certas informações
remete-nos em primeiro lugar a um conjunto de funções psíquicas, graças às
quais o homem pode atualizar impressões passadas, ou que ele representa como
passadas” (Le Goff , l99O, p. 213).
Mente e mundo são enativos
Oliver Sacks
Maurice Halbwachs
1930 – estrutura social da memória.
Fenômeno coletivo e social, submetido a flutuações,
transformações, mudanças constantes.
Social
Individual
Memória = reconstrução
“Toda memória é fundamentalmente ‘(re)criação do passado’.
A memória social, como a individual, é seletiva.
É, em parte, herdada, não se refere apenas à vida física da
pessoa.
Não é espontânea, nem inercial.
“Quando lemos narrativas de memórias, é fácil esquecer que
não lemos a própria memória, mas suas transformações através da escrita.” Owen.
Evocação
Lembrar o passado, escrever e ensinar sobre ele não são
atividades ‘inocentes’.
Orwell atribuiu à memória amplo espaço na definição de
identidades coletivas, intensamente relacionado à dominação donde sua
importância política.
MEMÓRIA SOCIAL
A memória social está ligada ao sentido de comunidade, à
construção das identidades sociais e aos processos sociais como um todo.
Transmissão social da tradição.
Reelaboração histórica
É preciso atentar para a forma como as organizações sociais
valem-se do material fornecido pela história e reinterpretam seu passado,
elaborando a imagem pela qual desejam ser lembradas.
Pollak
Há um trabalho coletivo de enquadramento de memória, uma
espécie de formatação das memórias que devem ser lembradas.
A memória organizadíssima que é a memória nacional,
constitui um objeto de disputa importante, e são comuns os conflitos para
determinar que datas e que acontecimentos vão ser gravados na memória de um
povo.
Pierre Nora, 1970
Quais os modos de transmissão de memórias públicas? Como
esses modos mudaram ao longo do tempo?
De modo inverso, quais os usos do esquecimento?
As memórias são influenciadas pela organização social de
transmissão e os diferentes meios de comunicação empregados.
Esquecimento
Regras de exclusão, supressão ou repressão, organização
social do esquecer, quem quer que quem esqueça o quê e por quê?
Lembrete (funcionário) – cobrador de dívidas.
Identidade
Uso do passado, da memória social e dos mitos para definir a
identidade.
Dizer quem somos nós e diferenciar o “nós” do “eles”.
Suportes
Tradições orais; relatos escritos; imagens, pictóricas ou
fotográficas; transmissão de aptidões (profissão); espaço.
Monumentos públicos.
Rituais, encenações do passado.
Durkheim e Halbwachs
Comunidade, consenso e coesão.
Como se não existissem conflitos e dissensões – memórias de
conflitos e conflitos de memórias.
Memórias alternativas – entrecruzadas
A razão de ser do trabalho com a memória está na constatação
da presença do passado no presente imediato das pessoas.
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