Brasil Vivo: um marco na produção didática de História da década de 1980

Senhores e escravos. Ricos e pobres. Mandões e mandados. Brasil Vivo: um marco na produção didática de História da década de 1980.


Resumo

A coleção BRASIL VIVO é analisada em suas relações sincrônicas e diacrônicas com as demais produções didáticas da disciplina de História para segunda fase do Ensino Fundamental. Utilizando-se da metodologia da análise de representações, buscou-se centrar atenção aos aspectos específicos do ensino escolar de História, dentre os quais estão questões de linguagem, afetividade, desenvolvimento moral, cognição, horizonte de expectativas e, mais especificamente, os discursos identitários. Por entre rupturas e continuidades, vislumbram-se atividades reflexivas propondo polêmicas, debates, encenações e um maior posicionamento perante a função social da disciplina em relação às coleções didáticas predecessoras. O avistar de um ‘campo aberto’, proporcionado pelo fim do regime autoritário, trouxe espaço para uma intervenção mais contundente dos agentes educacionais e os autores didáticos agiram como sendo necessário e possível desconstruir representações que estavam assentadas no imaginário brasileiro há muito tempo. Assim se fez com as representações da população brasileira como uma sociedade pacífica, harmônica, una e indivisa, portadora de uma democracia racial. É desta forma que a Coleção Brasil Vivo, de Chico Alencar, Marcus Venicio Ribeiro e Claudius Ceccon, compartilha com a produção do seu tempo da utilização de textos mais dramáticos, envolventes e emocionais.


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